segunda-feira, 13 de junho de 2016

MHC e linfócitos: combate as células tumorais, infectadas e transplantadas

MHC (major histocompatibility complex, complexo de histocompatibilidade principal), se refere a um complexo gênico que expressa proteínas de membrana que participam do reconhecimento entre as celulas e, por isso, são fundamentais a histocompatibilidade (compatibilidade de tecidos). Ou seja, são importantíssimas, por exemplo, na rejeição em casos de transplante de órgãos. O MHC permite,também o reconhecimento de células que sofreram mutações, que são por isso destruídas pelas células T citotóxicas, que reconhecem os receptores MHC. Algumas células cancerosas, entretanto, suprimem a expressão do MHC, que deixa de aparecer na membrana plasmática e, assim, a célula não é reconhecida como mutante e não é destruída. As células NK (natural Killer) representam uma defesa do organismo contra esse tipo de célula, pois as combatem sem depender dos receptores MHC.

O MHC apresenta tanto proteínas próprias como antígenos externos, como fragmentos de bactérias fagocitadas.
Ele participa da ativação de linfócitos B em plasmócitos (células produtoras de anticorpos) e do fenômeno da Apresentação de Antígeno.  Neste último caso,o macrófago expõe proteinas de bactérias fagocitadas ao linfócito T, e este  estimula a proliferação e diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos.

Abaixo, a ativação de linfócitos B, quando esses absorvem  antígenos extracelulares e os expressam na membrana plasmática junto ao MHC. As células T reconhecem o MHC e ativam o linfócito B, que se diferencia em plasmócito.





Veja, abaixo, o processo da apresentação de antígenos e  ativação das células B para a produção de anticorpos. Os Antígenos extracelulares são fagocitados e posteriormente expressados na  membrana plasmática do macrófago, ligados ao MHC.



Abaixo, um virus ( em verde), é endocitado e digerido. Suas proteínas são enviadas para o Golgi, que as liga ao MHC e as exporta para membrana plasmática.



Veja, abaixo, o linfócito T citotóxico a uma célula alvo através do MHC, produzindo poros na sua membrana e destruindo essa célula. Essa é uma forma de destruir células infectadas por vírus, transplantadas ou tumorais...



...entretanto, certas células tumorais deixam de expressar o MHC em suas membranas, impedindo,assim, a ação dos LT citotóxicos sobre elas:


A célula natural killer (NK) por sua vez não depende do MHC, se ancorando em outras proteinas de membrana, podendo por isso destruir a célula tumoral...


...o que explica o quadrinho postado no início deste texto:


(Célula transformada-"oh! acho que sofri uma mutação. Merda! As células T vão me matar. Rápido, esconda o MHC! Ufa! foi por pouco!

Célula NK: "-Arran!"
Cél. transformada: "oh...Olá, Célula NK..." E morreu.)



As células T se  ligam, assim, ao MHC de outras células, seja para ativação de células B ou para destruição de células infectadas ou tumorais, ou transplantadas. Dessa forma, os linfócitos T estão relacionados com a mediação celular, sendo importantes na integração das ações do sistema imune. Lembre que essas células são o alvo o HIV, o que nos faz entender porque a sua redução intensa na fase AIDS causa graves transtornos de imunidade.


MHC e Processamento 


Célula "Assassina Natural" (Natural Kiler") induzindo apoptose em célula transformada...


...mas lembre que parte dos tumores perderam a capacidade de apoptose, não respondendo, assim, a essa defesa do corpo.

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